
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
despingamento
terei de me despingar de nós. não vos apinganteis porém, pois outra pinga mais digna pingará entre vós!
sábado, 1 de dezembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
terça-feira, 27 de novembro de 2007
domingo, 25 de novembro de 2007
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
é hora de matar a primeira sede
pingas irmãs
é chegado o momento de reunir a congregação, e aclarar os passos para a nova oração
digam-me quando
eu preta me encontro à vossa inteira disposição
domingo, 28 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Para: Pinga Amor
mais tarde, iremos sentar-nos naquele bar escocês. Tu de óculos bojudos e amarelos, e eu de peruca loira. Tu com a maquilhagem borratada, e eu de chinelos de trazer por casa. Que linda, a nossa fotografia! Mas mais tarde, muito mais tarde... Beberemos ao arrependimentos, aos amores perdidos por distracção. E enrolaremos cigarros entre dedos amarelos de insatisfação e copos vazios de gin tónico. Mas mais tarde, muito mais tarde... Tão mais tarde que quando lá chegarmos, não teremos sítio para nos sentar, e apenas daremos uma voltinha, de bengala, à beira-mar.
Mas muito mais tarde.
Pinga Tacos
domingo, 7 de outubro de 2007
Lilac Wine (versão Nina Simone)

I lost myself on a cool damp night
I Gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree
Put my heart in its recipe
It makes me see what I want to see
and be what I want to be
When I think more than I want to think
I do things I never should do
I drink much more than I ought to drink
Because it brings me back you...
Lilac wine is sweet and heady, like my love
Lilac wine, I feel unsteady, like my love
Listen to me... I cannot see clearly
Isn't that she coming to me nearly here?
Lilac wine is sweet and heady, where's my love?
Lilac wine, I feel unsteady, where's my love?
Listen to me, why is everything so hazy?
Isn't that she, or am I just going crazy, dear?
Lilac Wine, I feel unready for my love,
feel unready for my love.
(J. Shelton)
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
rumamos por linhas emprestadas

dez chamamentos ao amigo, por hilda hilst
Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
DesejasseEscapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nautaOlha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
domingo, 30 de setembro de 2007
Linhas emprestadas
They sit around and clean their face with it" (BSS)
Também elas, sabem o que é a azia da ressaca...
Desculpem mas esse ponche, eu dispenso!
Até à próxima.
domingo, 23 de setembro de 2007
alcoólicas, de hilda hilst
Te amo, Vida, líquida esteira onde me deito
Romã baba alcaçuz, teu trançado rosado
Salpicado de negro, de doçuras e iras.
Te amo, Líquida, descendo escorrida
Pela víscera, e assim esquecendo
Fomes
País
O riso solto
A dentadura etérea
Bola
Miséria.
Bebendo, Vida, invento casa, comida
E um Mais que se agiganta, um Mais
Conquistando um fulcro potente na garganta
Um látego, uma chama, um canto. Amo-me.
Embriagada. Interdita. Ama-me. Sou menos
Quando não sou líquida.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Porque a Suecia nao sao so os ABBA... e desculpem a falta dos acentos
domingo, 16 de setembro de 2007
Juramento
sábado, 15 de setembro de 2007
domingo, 9 de setembro de 2007
breve apresentação
segunda-feira, 16 de julho de 2007
domingo, 15 de julho de 2007
dói-me o peito
não te amo por quem és, mas pelo que sou quando estou contigo.
dói-me o peito, assobia, como o motor do carro engasgado pelos anos de rodagem
dói-me o peito, lembra-me, quem está por trás da acção?
dói-me o peito, mas o melro, apesar da chuva, espreita, a televisão debita filmes velozes tiros nas trombas e lingerie de domingo tardio
domingo e a semana por um fio
e a consciência, ela não te disse que eu não trazia consciência
alojou-se no peito, traz-me o estômago suspeito
o meu peito dói
dói-me a gente, dói-me a manhã que não vi
(eu) peso, como um intoxicado, todos os pensamentos em vertiginoso cardo, inspiro expiro
não porque aspire, inspiro expiro, porque na leva o vento que me entretém a dose que me mantém titubeante à tona desta barcaça me faz massa, dor de peito e graça
dói-me o peito, e a jeito doem-me todas vós em mim
eu mais elas, déspotas sim
dói-me a voz no peito
e o peito em mim
nota: imagem da pinga de mel
adeus português, alexandre O'Neill
Nos teus olhos altamente perigosos
vigora ainda o mais rigoroso amor
a luz dos ombros pura e a sombra
duma angústia já purificada
Não tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodrecemos
a esta pata ensanguentada que vacila
quase medita
e avança mugindo pelo túnel
de uma velha dor
Não podias ficar nesta cadeira
onde passo o dia burocrático
o dia-a-dia da miséria
que sobe aos olhos vem às mãos
aos sorrisos
ao amor mal soletrado
à estupidez ao desespero sem boca
ao medo perfilado
à alegria sonâmbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver
Não podias ficar nesta casa comigo
em trânsito mortal até ao dia sórdido
canino
policial
até ao dia que não vem da promessa
puríssima da madrugada
mas da miséria de uma noite gerada
por um dia igual
Não podias ficar presa comigo
à pequena dor que cada um de nós
traz docemente pela mão
a esta pequena dor à portuguesa
tão mansa quase vegetal
Mas tu não mereces esta cidade não mereces
esta roda de náusea em que giramos
até à idiotia
esta pequena morte
e o seu minucioso e porco ritual
esta nossa razão absurda de ser
Não tu és da cidade aventureira
da cidade onde o amor encontra as suas ruas
e o cemitério ardente
da sua morte
tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e do mal
Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti